A Bola às Riscas
Venho hoje fazer-te duas questões, tão importantes e tão básicas:
Quem és tu? Se te descrevesses enquanto pessoa que palavras utilizarias?
Talvez acredites que és o teu emprego e o que fazes diariamente, talvez acredites que és o que sempre te disseram que eras, talvez sejas aquilo que gostas ou não de fazer, talvez sejas o que conquistas ou não, talvez até te definas como as tuas qualidades…
E se, tu fosses somente um conjunto de crenças em que escolheste acreditar? E se não fosses nada e pudesses estar tudo?
Era uma vez uma bola às riscas. Mas esta bola sentia-se tremendamente triste e deprimida, pois todas as outras bolas pareciam mágicas, o seu efeito era o do arco-íris, não eram simples riscas.
A bola, na sua vida triste, passava todo o tempo quieta a observar as suas amigas bolas brincar, pois elas eram tão belas que a sua contemplação era o que a distraia do facto de ela ser diferente.
Os dias passavam e a tristeza da bola era cada vez maior. Pois também ela queria ser bela como as suas amigas.
Certo dia o inesperado aconteceu, um tremor de terra fez com que tudo se move-se e as bolas rodavam e rodopiavam sem controlo do seu movimento. Nisto, a bola triste olhou de relance ao espelho, que ao tremer acabara por quebrar, e observou o seu reflexo. E só nesse momento a bola tomou consciência de que também ela era uma bola arco-íris.