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Simplesmente Simples

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Sab | 20.10.18

Aceitação Corporal . Amor-próprio . E Agora?

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  Nesta moda viral de aceitação corporal e amor próprio permito-me refletir sobre isso.

Que bom que é aceitarmo-nos como somos. Tão importante que é o amor próprio. Tanto que preciso de amor e aceitação.

 

“Tens que te amar!

Tens de aceitar o teu corpo!

Tens de olhar para ti com olhos de amor!

Tens de aceitar o teu corpo, independentemente de como te vês ao espelho!!”

 

Chega! Obrigações, criam mais limitações e menos amor. O “ter que” cria uma desordem interna contra aquilo que sinto!

E se não gostar do que vejo? E se me amar, mas houver dias que me desame? E se aceitar o meu corpo, mas houver dias em que não consigo tolerar o que vejo?

 

Sim, eu posso amar o meu corpo, mas se há dias que não amo, está tudo certo. Sim, eu posso cuidar de mim, mas se há dias em que estou cansada, também me posso entregar a esse cansaço.

 

Uma luta constante com o “tenho que”, com o que realmente sinto... Uma obrigação de amar e aceitar contra o que vejo e penso.

Talvez desta desordem interna venham os distúrbios alimentares. “Não gosto do que vejo, mas tenho de me amar e aceitar, então vou fazer de tudo para que o amor venha e a imagem mude.” “Tenho de aceitar o corpo, então talvez se não comer consiga atingir o corpo que quero.”

 

Qual a linha que separa o ideal do aceitável?

 

Uno-me nesta moda de aceitação e amor, mas mais ainda uno-me à moda do “poder” em vez do “ter que”. Posso amar-me, não tenho que me amar.

Uno-me à liberdade de dizer “sim, eu aceito”. Mas também de dizer: “não, eu não aceito”.

Uno-me a moda do “é o que é e está tudo bem”! Está tudo bem se hoje me amo e amanhã me desamo. É o que é e está tudo bem se hoje venero o meu corpo e amanhã não gosto do que vejo.

Importante será saber durante quanto tempo me duro no amor? Por quanto tempo fico no desamor?

Relevante é a liberdade literal da palavra aceitar. E aceitar, é dizer sim aos momentos sim e dizer sim nos momentos não.

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