Propósito de Vida! Será mesmo?
Os últimos dias têm sido de bastante introspecção. É tempo de rever objectivos, definir metas e traçar rotas.
Entre estes momentos de instrospecção há algo que me surge com regularidade e que se ouve inúmeras vezes quando se fala de desenvolvimento pessoal: a questão do propósito. Fala-se muito, e cada vez mais da necessidade de termos um propósito, o ter de encontrar esse propósito e de viver de acordo com ele.
Durante algum tempo da minha vida vivi esse mesmo facto: procurei um propósito. Acreditei que a minha existência teria um propósito maior e só descobrindo esse propósito, e vivendo de acordo com ele, teria sentido esta minha existência.
Contudo aliada a essa procura de propósito veio também a frustração de não o encontrar, ou de achar que o tinha encontrado mas não ter nenhum génio da lâmpada que me dissesse: Sim, estás no caminho certo, é esse o teu propósito!
Será útil para mim acreditar que tenho um propósito de vida?
Até que ponto essa necessidade de propósito dar-me-á mais liberdade?
Acredito que mais do que uma necessidade ou obrigação poderá ser uma escolha. Mais do que um “TENHO que ter um propósito”, eu “POSSO ter um propósito.” A diferença? O ter – obriga-me a; o poder- deixa abertura e liberdade para outras possibilidades e escolhas.