Tensão Pré-Menstrual (para mulheres e não só)
Todos os meses o mesmo sentimento. Todos os meses aquele estado inconstante de ânimo, aquelas sombras incontroláveis, aquela fome insaciável! Nem todos os meses é igual, mas entre lágrimas, fome, irritação e frustração há sempre algo que se repete! Serei doida? O meu parceiro não tem paciência, os meus filhos dizem que pareço louca, eu não me consigo controlar e não sei lidar.
Reveste nestas palavras?
Bem-vinda ao mundo da mulher sagrada!
Todos os meses morremos e renascemos. Todos os meses o nosso corpo se renova e com ele se renova a energia e o espírito.
Todos os meses temos a possibilidade de recomeçar, com tudo o que está inerente nessa palavra.
A fase pré-menstrual, mais conhecida por TPM, é conhecida como o bicho papão. Nela todo o nosso estado emocional se altera.
Mas, mulher sagrada, todas as TPM nos mostram uma parte de nós. A TPM é a fase em que podemos olhar para aquilo que intencionamos deixar partir. É a fase em que a nossa mulher interna nos mostra, com uma lupa, aquilo que já não queremos ver, aquilo que teimamos pensar que já passou, aqueles problemas internos a uma solução imaginária de serem resolvidos. Nesta fase, tudo surge com o zoom aumentado, pois vem ela mostrar-te e dar-te uma oportunidade de olhar, cuidar e transformar.
Que bom que olhássemos a TPM como quem olha bem para dentro de si. É tempo de transformar!
Que possa eu olhar com ternura para a TPM e perceber o que ainda atrapalha a minha evolução. Que possa eu olhar para a TPM e perceber o que tenho de deixar morrer para criar relações mais reais e felizes.
Penso na incapacidade de lidar com essa fase. Penso sobre a incapacidade de olhar a minha sombra. Não serei o conjunto de tudo isso? Talvez a forma como lido com a TPM demonstre a forma como lido comigo mesma, porque ela é também uma parte de mim. Eu sou luz, amor, paz, mas também irritação, frustração e tristeza. Devo eu negar isso? Talvez deva cuidar de tudo isso, talvez deva estimar-me por completo com tudo aquilo que sou. Para mim autoestima e viver a minha melhor versão é isso mesmo: estar feliz e lidar com isso, mas quando estou triste olhar essa tristeza e cuidar dela, não apagando a sua expressão.
Se a forma como lido com a TPM mudasse, não mudaria também a minha relação comigo mesma?
Se a minha relação com a morte e renascimento mensal fosse diferente, não seria também diferente a forma como lido com o fluxo da vida?
O que posso a partir de agora mudar nesta relação com a TPM?